sábado, 2 de janeiro de 2010
EXPECTATIVAS
Nestes dias, Lula está decidindo o que vetar e o que sancionar, tanto no caso da Lei de Mudanças Climáticas, quanto no caso do Orçamento para 2010. Apesar de Copenhague ter sido um fiasco, vê-se que o Brasil está disposto a cumprir os compromissos que subscreveu. É verdade que, mais do que uma imposição internacional, o problema do clima e dos meios necessários para controlá-lo, passou a ser uma necessidade imperiosa para o país. É auspicioso, verificar que esse problema está sendo levado a sério. Quanto ao Orçamento, há um exagero no otimismo habitual do Governo. Vemos aí, aumento de despesas, criação de receitas sem base sólida e expansão dos gastos correntes. As chamadas receitas atípicas estão calculadas em R$36 bilhões, em lugar dos usuais R$10 bilhões. Para isso, estão contando com receitas incertas, difíceis de serem avaliadas e checadas, como, por ex. depósitos judiciais a recuperar e valores devidos por grandes empresas. Dessa maneira, inventando receitas, sem comprimir as despesas, já podemos esperar por novo aumento da carga tributária.
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