quarta-feira, 21 de abril de 2010

A NOVELA DE BELO MONTE

Essa nova hidrelétrica que se tornou o "Ai, Jesus" do presidente Lula, parece fadada ao fracasso. O presidente quer garantir o lançamento do empreendimento, para usar como palanque para a sua candidata, pois imagina estar favorecendo o progresso do país. Acontece que uma usina elétrica desse porte precisa da garantia de uma vazão determinada para utilizar todas as suas turbinas. Ora, o Rio Xingu, que será o fornecedor da água necessária, durante seis meses do ano tem sua vazão diminuida a menos de 50% do total. Mesmo com o rio desviado de seu leito, prejudicando a vida de índios e população ribeirinha, com uma só barragem, o resultado será pífio. O projeto vem sendo alvo de protestos de técnicos, ecologistas e do povo em geral. O governo teve que entrar como sócio majoritário para conseguir candidatos para o leilão de construção da bendita usina. Vê-se que o presidente Lula não aceita contestações, já que o nosso "Napoleão Bonaparte" acha que sua vontade deve estar acima de tudo, até mesmo da lei. É uma pena, pois dentro de cinco anos vamos ter nas mãos um "elefante branco", caríssimo e sem grande serventia.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

FEITIÇO CONTRA O FEITICEIRO

E o Juiz Baltazar Garzón, hein, gente? Enquanto se ocupou de crimes contra a humanidade em outros países, era aplaudido na Espanha, na Europa e nos outros países em geral. Quando enquadrou o ex-ditador Pinochet, do Chile, foi uma apoteose, todos lhe renderam louvores. Mas eis que êle resolveu olhar para sua própria terra e começou a cutucar antigas feridas. O franquismo, esse regime fascista, mais que tudo um arremedo do nazismo, teria que ser colocado entre os outros conhecidos crimes contra a humanidade. Nesse momento, seu país se voltou contra Garzón e já o ameaça de destituição do cargo de Juiz e até de prisão. Isso mais parece uma pantomima do que um assunto da maior seriedade. Temos que torcer pelo Juiz, porém sabemos que a Razão poucas vezes se encontra entre os poderosos.

E AS ÁGUAS CHEGARAM...

Depois de assolar o Sul do país, enlouquecendo os paulistas, as chuvas de outono chegaram ao Rio de Janeiro. A cidade do Rio até agora só teve 36 horas de chuva forte, mas mesmo assim sofreu enchentes em vários locais, transtornando a vida dos cidadãos, além de deslizamentos de encostas com o soterramento de casas e ruas. Foi uma tragédia, que por sinal já era prevista, visto que se repete pelo menos de dois em dois anos. O Serviço Meteorológico avisou alguns dias antes que se aproximava uma frente fria que deveria provocar fortes chuvas. Como não só o povo, como as autoridades são cariocas, não foi tomada nenhuma providência, nem mesmo de avisar o célebre Cacique Cobra Coral. Sabemos que a topografia do Rio, com a cidade espremida entre o mar e a montanha, além de bela é perigosa. Nossas encostas são muito íngremes, facilitando a erosão do solo, o que conjugado à ausência de um plano de urbanização que leve em consideração o escoamento das águas e melhor fixação do solo por meio de vegetação natural ou por replantio, só pode contribuir ainda mais para esses desastres naturais. Outro grande problema é o fato de, embora proibido, não ser contida a construção de casas em áreas de risco. É claro que para os políticos, é melhor favorecer algumas centenas de invasores de encostas, que podem lhes dar seus votos, do que apoiar as medidas saneadoras da Prefeitura. É uma pena ver a tragédia se abatendo sobre famílias que pensavam ter encontrado seu refúgio. É preciso fazer o que é necessário, diminuindo os impactos do clima, já que não é possível alterar o perfil geológico da cidade.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

VERDADE OU MENTIRA?

Tudo leva a crer que o Presidente Lula acredita piamente no velho dito de que uma mentira repetida inúmeras vezes, terminará sendo aceita como verdade. A última do momento, claro que dita por ele próprio, é que ele fez uma "pequena revolução" na Educação. Deve ter sido muito pequena, já que ninguém a percebeu. Este ano mesmo, depois de todas as trapalhadas do MEC, culminando com o fracasso do ENEM, não se pode dizer que o ingresso para as universidades ficou mais fácil. Quanto ao ensino básico, continua a evasão e baixa qualidade do ensino por todo o país. Até mesmo a alfabetização de adultos, que pode ser conseguida em oito anos, ou menos, ficou para o próximo governante. Sem dúvida, é imperioso pagar bem aos professores, como diz o presidente, ainda que o diga em final de segundo mandato, mas isso só não basta. Além de construir escolas, é preciso levar a sério a questão da merenda, que é não só um atrativo para o aluno pobre, mas sobretudo uma necessidade. Antes de comprar computadores a granel, é preciso fazer cursos de informática para os mestres, pois são eles que vão utilizar essa nova ferramenta para ensinar aos alunos. É pena! Mas não podemos dizer que houve substancial melhora na Educação.

NOVO "DIA DO FICO"

Enfim o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, bateu o martelo e disse que vai continuar à frente do Banco. Com isso, acalmaram-se os mercados, que não tinham a menor idéia de quem poderia sucedê-lo. Foi a melhor notícia dos últimos dias, já que a linha adotada por Meirelles, de controle férreo da inflação, é no momento o que país mais precisa.