O presidente Lula fez questão de interferir nos problemas do Oriente Médio e achando que podia realmente influir na questão, foi para o Irã, onde conseguiu um acordo que à primeira vista parecia satisfatório: o Irã transferiu 1200kg de Urãnio enriquecido a 3,5% para a Turquia, onde ficará sob custódia e se comprometeu a seguir a orientação da ONU. Houve grande regozijo na Turquia e no Brasil, mas o Irã, em seguida, declarou que vai continuar a enriquecer Urânio a 20%, sem controle externo.
Acontece que mesmo o Urânio a 3,5% que vai ser custodiado pela Turquia, dizem as más línguas que representa apenas a metade do que já foi produzido pelo Irã. O grande problema desse acordo tão bem patrocinado pelo presidente Lula, é a falta de confiabilidade no Governo do Irã e será uma pena, se dentro dos próximos dias, ficar comprovado que nosso presidente foi usado pelo inefável Ahmadinejad para postergar as sanções previstas para a sua conduta. O presidente Lula, por mais liberal que seja em relação a esses governos de exceção, não é visto por eles como aliado e sim como um "inocente útil". Para o oriental ele será sempre um ocidental com interesses diferentes dessa parte do globo e isso não pode ser revertido com tanta facilidade.
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