MILAGRE NA FLORESTA

No dia 29, quinta-feira, aconteceu um verdadeiro milagre na Amazônia, bem ao norte, entre o Acre e o Amazonas. Houve um conjunto de circunstâncias favorecendo a salvação de nove das onze pessoas que se encontravam no pequeno monomotor da FAB. Em primeiro lugar, o sangue frio e a capacidade do piloto foram essenciais. Ele, logo depois de dar o sinal de emergência ao controle, passou a acalmar os passageiros, preparando-os para uma aterrissagem forçada. Só Deus sabe como ele conseguiu descer no meio da mata, sobre um pequeno igarapé do rio Ituí, sem se despedaçar, nem explodir. O avião pousou sobre a água e em 5 minutos, submergiu. Foi o tempo necessário para que os passageiros, ajudados pelo mecânico do avião, o suboficial da FAB Marcelo dos Santos Dias, conseguissem escapar da aeronave. Infelizmente houve um que talvez desmaiado, não chegou à porta. Também desapareceu o heróico Marcelo que resolveu sair por último e já sem forças, foi arrastado pela correnteza e pelo afundamento da aeronave. Os nove sobreviventes continuaram a contar com uma sorte excepcional, pois o avião ao cair, foi visto por índios que estavam caçando no local. Estes retornaram imediatamente à sua aldeia e, graças ao fato de serem aculturados, avisaram via rádio à FUNAI que repassou o aviso à FAB. No dia seguinte, um helicóptero da FAB conseguiu resgatá-los. Vejam só como isto parece um filme americano: Um avião pequeno, transportando técnicos de saúde, cai em plena selva e quase todos se salvam, graças a um grande piloto e a um herói. Além do mais, índios providencialmente por perto e capazes de operar um rádio. É demais! Só podemos dar graças a Deus pelos nove sobreviventes e chorar pelas duas pessoas desaparecidas.