Este começo de ano vai ficar marcado na nossa memória. No último sábado, 26/01, houve um incêndio em uma boate lotada de estudantes universitários em Santa Maria, RS. Havia perto de 1200 pessoas no recinto, 234 foram retiradas sem vida e mais 150 feridos foram internados em CTIs e unidades de emergência. Como sempre, o motivo dessa calamidade foi a imprudência de usar fogos de artifício à base de pólvora em um recinto fechado, somado ao uso não recomendado de ornatos em plástico e utilização de mantas de isopor e outros elementos inflamáveis para revestimento acústico. Além disso, a existência de uma só porta para entrada e saída dos usuários e a ausência de sinais indicadores de rotas de fuga, tornaram o desastre inevitável. É preciso lembrar que havia também superlotação, o que é sempre a alegria dos donos desses locais. Em suma, ao analisar os fatos, vemos que a imprudência, mais a negligência, junto à ganância, são fatores que geralmente levam a esses desastres.
A tristeza de ver ceifadas vidas de jovens dedicados aos estudos, preparando seu futuro, é algo que nos comove, sobretudo porque sabemos que podia ter sido evitada a tragédia. Nosso problema, em todo o território brasileiro é o fato dos regulamentos e leis serem tratadas com descaso. A falta de fiscalização das prefeituras e dos Corpos de Bombeiros, tornam os locais fechados que podem receber mais de 100 pessoas, verdadeiras bombas-relógio. É preciso uma campanha que dure mais do que alguns dias, pedindo fiscalização realista, em todo o Brasil. Vamos ver se conseguimos ser mais conscienciosos.
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