O mês que ora termina, vai ficar marcado por todas as vicissitudes nacionais e internacionais que sucederam. Nos primeiros dias, tivemos a eleição do presidente do senado pelos seus pares e também da câmara dos deputados. O primeiro, apesar de acabar de ser indiciado pelo M. Público, o Sr. Renan Calheiros, já tinha renunciado ao mesmo cargo, há algum tempo e a duras penas conseguira manter o mandato de senador. O segundo, sr. Henrique Alves, também carece de uma Ficha Limpa. Além disso, a situação econômica do país está deteriorada, com a Vale apresentando seu primeiro prejuízo nos últimos dez anos e seu valor de mercado igual à metade do que tinha há dois anos. A Petrobrás continua patinando com um valor de mercado de 48% do que tinha há três anos e tendo que diminuir seus investimentos, além de comprar não só petróleo bruto, mas gasolina, diesel e etanol. As elétricas acusaram o golpe assestado pelo governo, ao antecipar o término das concessões, determinando um corte nos lucros dessas empresas. Claro que os investidores estrangeiros fugiram e os nacionais venderam tudo o que podiam, das ações das elétricas. Para complicar mais, estamos com uma seca muito séria, na maior parte do país, prejudicando as hidroelétricas e obrigando ao uso das termo-elétricas que são mais dispendiosas. Diante desse quadro desastroso, o governo resolveu "ajeitar" os resultados numéricos e com isso, perdeu credibilidade ante o mercado. O comércio internacional está sofrendo com as dificuldades da China e outros mercados, que ainda não conseguiram vencer os efeitos da "bolha financeira" que estourou há três anos. Os EUA e a Europa estão fazendo um acordo de livre comércio entre si, enquanto o Mercosul vai de mal a pior.
Para terminar o mês, hoje o Papa Bento XVI renunciou ao trono de Roma, por motivos de saúde e por não conseguir controlar a corrupção na própria Cúria Romana.
Vamos ver se o mês de março traz alguma novidade que ajude a nós e ao planeta.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
NOVA ORIENTAÇÃO ECONÔMICA
Realmente, este começo de ano está um desastre. Desde o segundo semestre do ano passado, parece que a Presidente está se esmerando em tomar medidas econômicas que em vez de melhorar os índices econômicos, está levando o país em uma direção que lembra a Argentina. O incentivo ao consumo por parte da população, não teve o resultado esperado de elevar o PIB, ao mesmo tempo que levou a um aumento da inadimplência dos consumidores. Os bancos, pressionados a aumentar suas carteiras de empréstimos, sem ter a contrapartida de depósitos expressivos, passaram a ter seu valor de mercado senão diminuído, ao menos estacionado. A Petrobrás, depois da criação do Petro-Sal e seu novo sistema de partilha dos lucros, só tem feito regredir e já está com seu valor de mercado em torno de 49% mais baixo. É verdade que o que mais prejudica a Petrobrás é o controle dos preços da gasolina e do diesel vendidos aos consumidores, que o governo obriga a empresa a manter muito abaixo do custo. Além desse problema, o governo resolveu interferir nas concessionárias de energia elétrica, com o fim de baixar as tarifas para residências e empresas, em 20% de seus valores atuais.
Isso foi anunciado logo antes das eleições municipais, num lance francamente eleitoreiro. O resultado é que as concessionários tiveram sua ações vendidas com tal pressa, que o valor das empresas caiu e os investidores internacionais sumiram. Ora, o governo sozinho não pode bancar, nem as empresas elétricas já existentes, nem construir aquelas que estão projetadas e que são necessárias para já. O orçamento para este ano ainda não foi votado pelo Congresso, portanto, legalmente não existe. Mas o que mais impressiona é o fato do governo ter feito uma maquiagem dos índices econômicos, de modo que terminou por perder a credibilidade e deixou o meio empresarial em pânico. É uma pena ver que o governo abandonou os conceitos herdados de FHC, que vinham favorecendo a economia do país e está tentando repetir todos os erros da ditadura militar, tudo por causa de uma ideologia ultrapassada.
Isso foi anunciado logo antes das eleições municipais, num lance francamente eleitoreiro. O resultado é que as concessionários tiveram sua ações vendidas com tal pressa, que o valor das empresas caiu e os investidores internacionais sumiram. Ora, o governo sozinho não pode bancar, nem as empresas elétricas já existentes, nem construir aquelas que estão projetadas e que são necessárias para já. O orçamento para este ano ainda não foi votado pelo Congresso, portanto, legalmente não existe. Mas o que mais impressiona é o fato do governo ter feito uma maquiagem dos índices econômicos, de modo que terminou por perder a credibilidade e deixou o meio empresarial em pânico. É uma pena ver que o governo abandonou os conceitos herdados de FHC, que vinham favorecendo a economia do país e está tentando repetir todos os erros da ditadura militar, tudo por causa de uma ideologia ultrapassada.
TRAGÉDIA
Este começo de ano vai ficar marcado na nossa memória. No último sábado, 26/01, houve um incêndio em uma boate lotada de estudantes universitários em Santa Maria, RS. Havia perto de 1200 pessoas no recinto, 234 foram retiradas sem vida e mais 150 feridos foram internados em CTIs e unidades de emergência. Como sempre, o motivo dessa calamidade foi a imprudência de usar fogos de artifício à base de pólvora em um recinto fechado, somado ao uso não recomendado de ornatos em plástico e utilização de mantas de isopor e outros elementos inflamáveis para revestimento acústico. Além disso, a existência de uma só porta para entrada e saída dos usuários e a ausência de sinais indicadores de rotas de fuga, tornaram o desastre inevitável. É preciso lembrar que havia também superlotação, o que é sempre a alegria dos donos desses locais. Em suma, ao analisar os fatos, vemos que a imprudência, mais a negligência, junto à ganância, são fatores que geralmente levam a esses desastres.
A tristeza de ver ceifadas vidas de jovens dedicados aos estudos, preparando seu futuro, é algo que nos comove, sobretudo porque sabemos que podia ter sido evitada a tragédia. Nosso problema, em todo o território brasileiro é o fato dos regulamentos e leis serem tratadas com descaso. A falta de fiscalização das prefeituras e dos Corpos de Bombeiros, tornam os locais fechados que podem receber mais de 100 pessoas, verdadeiras bombas-relógio. É preciso uma campanha que dure mais do que alguns dias, pedindo fiscalização realista, em todo o Brasil. Vamos ver se conseguimos ser mais conscienciosos.
A tristeza de ver ceifadas vidas de jovens dedicados aos estudos, preparando seu futuro, é algo que nos comove, sobretudo porque sabemos que podia ter sido evitada a tragédia. Nosso problema, em todo o território brasileiro é o fato dos regulamentos e leis serem tratadas com descaso. A falta de fiscalização das prefeituras e dos Corpos de Bombeiros, tornam os locais fechados que podem receber mais de 100 pessoas, verdadeiras bombas-relógio. É preciso uma campanha que dure mais do que alguns dias, pedindo fiscalização realista, em todo o Brasil. Vamos ver se conseguimos ser mais conscienciosos.
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