terça-feira, 25 de junho de 2013

O PROTESTO DO POVO

O mês de maio foi uma sucessão de notícias desagradáveis: o custo de vida aumentando de acordo com a inflação que não se consegue frear, a indústria patinando, o comércio internacional em rota de declínio, o real em baixa, assim como a Bolsa e o governo atarantado, sem saber o que fazer, tudo isso explodiu em junho. Com o pretexto de não suportar o aumento de R$0,20 centavos na passagem de ônibus em São Paulo, o povo foi para as ruas, incentivado pelas redes sociais da Internet e nos dias posteriores, a rede de protestos se ampliou, tomando 11 capitais e muitas cidades menores do interior, por todo o país. Os protestos passaram a criticar as ações do governo, os gastos com a Copa e com obras onerosas, a indiferença pelos problemas da Saúde , da Educação e da Segurança Pública, a iminência de ser votada a PEC37 e continuaram a escalada, chegando a mais de um milhão de pessoas, nos últimos dias. A PEC37, projeto de lei que tiraria do Ministério Público, o seu poder de investigar e denunciar os grandes corruptos, foi a mais presente em todos os protestos, que exigiam sua derrubada. A presença de baderneiros e vândalos, nos finais das passeatas, inicialmente pacíficas, trouxe inquietação à população em geral e obrigou a polícia a usar suas tropas de choque. Ao fim de três semanas de desordens, a presidente resolveu falar pela TV, prometendo resolver os problemas apontados. Vamos ver o que acontece agora.